Friday, April 17, 2009
Thursday, April 16, 2009
O PODER DOS MOVIMENTOS CORPORAIS - ENTREVISTA
Durante o XI Fórum Internacional AWID, foi realizada a oficina "O Poder dos Movimentos Corporais" (do nome em inglês "The Power of Body Movements'"), atividade que aconteceu no primeiro dia do encontro e que teve grande repercussão entre as/os participantes. Com uma dinâmica que priorizava os sentidos e percepções em detrimento da racionalização e das discussões teóricas, esta sessão também explorou a potencialidade de recursos audiovisuais para dar evidência ao corpo como instrumento de empoderamento das pessoas, intercâmbio e transformação social. Entre tais recursos estava o vídeo homônimo à oficina, de seis minutos, produzido em parceria com o videomaker Ricardo D'Aguiar, para esta atividade.
Idealizada pela iniciativa Feminism: Speak Up! (formada por Angela Collet, cientista social com interesse em estudos sobre corpo-sensitivo e desenvolvimento humano, Aline Valentim, também cientista social e pesquisadora na área de danças e ritmos populares/étnicos brasileiros, e Valentina Homem, documentarista), a oficina tem a possibilidade de gerar desdobramentos. A seguir, confira entrevista com as três jovens, que falaram ao SPW sobre o projeto.
SPW - Qual era a proposta de vocês com a oficina “O poder dos ‘Movimentos corporais’”?
FSU - Desde o princípio a nossa proposta era criar um espaço alternativo dentro do fórum, que fosse na contramão dos formatos normalmente usados. Encontros como esse costumam ser quase cem por cento baseados em painéis, debates, discussões teóricas etc. Daí nossa idéia de concentrar nosso trabalho todo em estímulos audiovisuais e trabalho corporal, com o intuito de deslocar o foco, criar novas linguagens possíveis. Além disso, o “corpo” é um dos temas centrais do movimento feminista e movimento de mulheres, só que dificilmente ele é usado em espaços desse tipo. Fala-se muito sobre o corpo, mas no fundo presta-se pouquíssima atenção ao próprio corpo, ao corpo da/o outra/o (seja a saúde, a sexualidade, etc.). Dessa forma, desde o princípio, queríamos criar um espaço onde o corpo estivesse realmente no centro, não apenas como tema, mas como meio, fim, como uma ferramenta importantíssima e de enorme poder.
De maneira geral, todos os recursos utilizados por nós na sessão (tanto o vídeo quanto os recursos de áudio, os incensos, as velas, as comidas) tinham o objetivo de funcionar como estímulos sensíveis, que potencializassem os cinco sentidos das/os participantes. O vídeo “O poder dos ‘Movimentos corporais’”, que mostramos na sessão, tinha como objetivo chamar atenção para os temas que nos interessavam, tendo sempre o corpo como centro. O vídeo "fala" do corpo e seus vários sentidos, aspectos, funções, etc., usando imagens fortes, frases curtas e objetivas. Queríamos marcar a percepção das pessoas com algumas idéias sobre o corpo, gerando repercussão no trabalho corporal que se seguiu.
SPW - Como vêem o papel do corpo no processo de empoderamento e reconhecimento dos direitos das mulheres, especificamente?
FSU - Precisamos abrir espaço para novas formas de pensar e viver nesse mundo. Mesmo no interior de movimentos libertários como o feminista, seguimos reproduzindo formas de organizações e olhares ainda conservadores e fragmentados. Trata-se de iniciarmos outros processos, abrirmos novos canais, não apenas no interior do movimento, mas no fluxo de nossas vidas e de nosso olhar. Daí que colocar o corpo como elemento fundamental, onde todos os processos ocorrem, pode ser muito rico. Podemos construir consciência via corpo, práticas corporais. O corpo é o que temos de mais concreto, é o ponto de interseção da pessoa com o mundo e a história – o corpo “superfície de inscrição dos acontecimentos”, como diz Foucault. É evidente assim o seu papel fundamental em qualquer processo de empoderamento que se queria engendrar. Não só reconhecendo o corpo como lugar de violência e violação sofrida pelas pessoas (mulheres, homens, transgêneros, intersex), mas sobretudo entendendo este mesmo corpo como ferramenta fundamental para superar a violência e a violação sofridas. O corpo que não é só o lugar do abuso, mas também o lugar do prazer. E não só o lugar, como principalmente o meio.
SPW - O que destacam como desafio para que o corpo efetivamente seja reconhecido como instrumento de empoderamento no movimento social e nas políticas públicas?
FSU - É fundamental considerar o corpo das pessoas como ferramentas, como espaço concreto e veículo para compartilhar conhecimento, poder e transformação social. Isso significa que as pessoas devem não só falar do corpo, mas usar o corpo, olhar para o corpo. Acreditamos que existe uma quantidade sem fim de estigmas que se tornam barreiras à concretização disso, sobretudo dentro do próprio movimento feminista. O exemplo da prostituição ilustra bem isso. Em muitos espaços feministas, é impensável que uma mulher que venda seu corpo possa estar fazendo isso por opção e, muito menos, por prazer. Quando, na verdade, a prostituição acontecendo dessa forma pode ser entendida como um símbolo de empoderamento fortíssimo. Desconstruir estigmas como esse é fundamental nesse processo de reconhecimento do corpo como instrumento de empoderamento, seja dentro dos movimentos sociais ou para a construção de políticas públicas. Por outro lado, é fundamental que feministas e ativistas em geral comecem a usar mais o corpo de maneira “proativa”. Que se desloquem do discurso, da palavra e se toquem, se observem, dancem mais, façam mais exercício, se alimentem melhor. Que se conectem mais consigo mesmas/os e assim façam de seus próprios corpos uma arma poderosa da luta que integram.
SPW - Aline, como foi participar pela primeira vez do Fórum Internacional AWID?
FSU - Foi uma experiência realmente especial. Eu nunca havia participado de um encontro internacional dessa magnitude. Fiquei impressionada com a diversidade de realidades e especificidades culturais concentradas num mesmo espaço (...). Foram várias atividades simultâneas, muita informação, mas tudo funcionando muito bem. Minha maior satisfação foi poder levar uma proposta diferenciada para dentro daquele espaço, pois este excesso de informação, certamente um forte estímulo que amplia nossa visão sobre o mundo e suas complexidades, também pode dificultar um contato mais profundo entre as pessoas. A proposta da nossa sessão era justamente criar este “espaço vazio”, onde as pessoas pudessem entrar em contato com questões centrais em encontros como esse, mas a partir de outras vias e não apenas da exposição e discussão oral. Essa experiência aproxima as pessoas, potencializa, de certa forma, não só um contato pessoal subjetivo e emocional mais profundo, mas também ajuda a construir relações entre pessoas. Isso é desenvolvimento humano.
SPW - Quantas pessoas estimam ter participado desta atividade e qual é a avaliação de vocês sobre a oficina?
FSU - Cerca de 45 pessoas participaram. Pensávamos em trabalhar com 20 pessoas no máximo, principalmente por conta do tempo da sessão – 1h30. Ainda assim, o resultado do trabalho superou em muito as expectativas. Revelou como as pessoas estão não só abertas, mas desejosas de atividades como a que organizamos. Durante a formulação da sessão, conversamos muito sobre o impacto que trabalhar o corpo poderia gerar, as dificuldades que poderíamos enfrentar no sentido da resistência das pessoas em se permitirem movimentar, tocar e tocar outras pessoas. Mas a atividade fluiu perfeitamente e, ao final, era visível o clima de satisfação, alegria e tranqüilidade com que haviam passado por aquela experiência. Pessoas que nunca tinham se visto antes se abraçaram como velhas amigas e isto foi realmente emocionante. Esta é a prova de que se podem construir relações profundas e produtivas a partir de interações de outra natureza, que não apenas intelectual/racional.
SPW - Planejam dar continuidade ao trabalho que iniciaram no Fórum AWID?
FSU - Existem muitos planos. O primeiro deles é realizar uma oficina como essa no Rio de Janeiro. Usaremos a oportunidade pra aprimorar o formato que elaboramos. Além de fazer uma oficina mais longa, queremos incluir participantes de diferentes origens. Queremos também dar continuidade ao projeto com uma atividade no sertão pernambucano, com trabalhadoras rurais, onde combinaremos as oficinas corporais com oficinas de vídeo e digital “story telling”. Este projeto está ainda em desenvolvimento, mas pode acontecer em 2009. Ainda na Cidade do Cabo fomos “convidadas” para realizar a oficina em diversos lugares e estamos esperando a concretização disso também.
Idealizada pela iniciativa Feminism: Speak Up! (formada por Angela Collet, cientista social com interesse em estudos sobre corpo-sensitivo e desenvolvimento humano, Aline Valentim, também cientista social e pesquisadora na área de danças e ritmos populares/étnicos brasileiros, e Valentina Homem, documentarista), a oficina tem a possibilidade de gerar desdobramentos. A seguir, confira entrevista com as três jovens, que falaram ao SPW sobre o projeto.
SPW - Qual era a proposta de vocês com a oficina “O poder dos ‘Movimentos corporais’”?
FSU - Desde o princípio a nossa proposta era criar um espaço alternativo dentro do fórum, que fosse na contramão dos formatos normalmente usados. Encontros como esse costumam ser quase cem por cento baseados em painéis, debates, discussões teóricas etc. Daí nossa idéia de concentrar nosso trabalho todo em estímulos audiovisuais e trabalho corporal, com o intuito de deslocar o foco, criar novas linguagens possíveis. Além disso, o “corpo” é um dos temas centrais do movimento feminista e movimento de mulheres, só que dificilmente ele é usado em espaços desse tipo. Fala-se muito sobre o corpo, mas no fundo presta-se pouquíssima atenção ao próprio corpo, ao corpo da/o outra/o (seja a saúde, a sexualidade, etc.). Dessa forma, desde o princípio, queríamos criar um espaço onde o corpo estivesse realmente no centro, não apenas como tema, mas como meio, fim, como uma ferramenta importantíssima e de enorme poder.
De maneira geral, todos os recursos utilizados por nós na sessão (tanto o vídeo quanto os recursos de áudio, os incensos, as velas, as comidas) tinham o objetivo de funcionar como estímulos sensíveis, que potencializassem os cinco sentidos das/os participantes. O vídeo “O poder dos ‘Movimentos corporais’”, que mostramos na sessão, tinha como objetivo chamar atenção para os temas que nos interessavam, tendo sempre o corpo como centro. O vídeo "fala" do corpo e seus vários sentidos, aspectos, funções, etc., usando imagens fortes, frases curtas e objetivas. Queríamos marcar a percepção das pessoas com algumas idéias sobre o corpo, gerando repercussão no trabalho corporal que se seguiu.
SPW - Como vêem o papel do corpo no processo de empoderamento e reconhecimento dos direitos das mulheres, especificamente?
FSU - Precisamos abrir espaço para novas formas de pensar e viver nesse mundo. Mesmo no interior de movimentos libertários como o feminista, seguimos reproduzindo formas de organizações e olhares ainda conservadores e fragmentados. Trata-se de iniciarmos outros processos, abrirmos novos canais, não apenas no interior do movimento, mas no fluxo de nossas vidas e de nosso olhar. Daí que colocar o corpo como elemento fundamental, onde todos os processos ocorrem, pode ser muito rico. Podemos construir consciência via corpo, práticas corporais. O corpo é o que temos de mais concreto, é o ponto de interseção da pessoa com o mundo e a história – o corpo “superfície de inscrição dos acontecimentos”, como diz Foucault. É evidente assim o seu papel fundamental em qualquer processo de empoderamento que se queria engendrar. Não só reconhecendo o corpo como lugar de violência e violação sofrida pelas pessoas (mulheres, homens, transgêneros, intersex), mas sobretudo entendendo este mesmo corpo como ferramenta fundamental para superar a violência e a violação sofridas. O corpo que não é só o lugar do abuso, mas também o lugar do prazer. E não só o lugar, como principalmente o meio.
SPW - O que destacam como desafio para que o corpo efetivamente seja reconhecido como instrumento de empoderamento no movimento social e nas políticas públicas?
FSU - É fundamental considerar o corpo das pessoas como ferramentas, como espaço concreto e veículo para compartilhar conhecimento, poder e transformação social. Isso significa que as pessoas devem não só falar do corpo, mas usar o corpo, olhar para o corpo. Acreditamos que existe uma quantidade sem fim de estigmas que se tornam barreiras à concretização disso, sobretudo dentro do próprio movimento feminista. O exemplo da prostituição ilustra bem isso. Em muitos espaços feministas, é impensável que uma mulher que venda seu corpo possa estar fazendo isso por opção e, muito menos, por prazer. Quando, na verdade, a prostituição acontecendo dessa forma pode ser entendida como um símbolo de empoderamento fortíssimo. Desconstruir estigmas como esse é fundamental nesse processo de reconhecimento do corpo como instrumento de empoderamento, seja dentro dos movimentos sociais ou para a construção de políticas públicas. Por outro lado, é fundamental que feministas e ativistas em geral comecem a usar mais o corpo de maneira “proativa”. Que se desloquem do discurso, da palavra e se toquem, se observem, dancem mais, façam mais exercício, se alimentem melhor. Que se conectem mais consigo mesmas/os e assim façam de seus próprios corpos uma arma poderosa da luta que integram.
SPW - Aline, como foi participar pela primeira vez do Fórum Internacional AWID?
FSU - Foi uma experiência realmente especial. Eu nunca havia participado de um encontro internacional dessa magnitude. Fiquei impressionada com a diversidade de realidades e especificidades culturais concentradas num mesmo espaço (...). Foram várias atividades simultâneas, muita informação, mas tudo funcionando muito bem. Minha maior satisfação foi poder levar uma proposta diferenciada para dentro daquele espaço, pois este excesso de informação, certamente um forte estímulo que amplia nossa visão sobre o mundo e suas complexidades, também pode dificultar um contato mais profundo entre as pessoas. A proposta da nossa sessão era justamente criar este “espaço vazio”, onde as pessoas pudessem entrar em contato com questões centrais em encontros como esse, mas a partir de outras vias e não apenas da exposição e discussão oral. Essa experiência aproxima as pessoas, potencializa, de certa forma, não só um contato pessoal subjetivo e emocional mais profundo, mas também ajuda a construir relações entre pessoas. Isso é desenvolvimento humano.
SPW - Quantas pessoas estimam ter participado desta atividade e qual é a avaliação de vocês sobre a oficina?
FSU - Cerca de 45 pessoas participaram. Pensávamos em trabalhar com 20 pessoas no máximo, principalmente por conta do tempo da sessão – 1h30. Ainda assim, o resultado do trabalho superou em muito as expectativas. Revelou como as pessoas estão não só abertas, mas desejosas de atividades como a que organizamos. Durante a formulação da sessão, conversamos muito sobre o impacto que trabalhar o corpo poderia gerar, as dificuldades que poderíamos enfrentar no sentido da resistência das pessoas em se permitirem movimentar, tocar e tocar outras pessoas. Mas a atividade fluiu perfeitamente e, ao final, era visível o clima de satisfação, alegria e tranqüilidade com que haviam passado por aquela experiência. Pessoas que nunca tinham se visto antes se abraçaram como velhas amigas e isto foi realmente emocionante. Esta é a prova de que se podem construir relações profundas e produtivas a partir de interações de outra natureza, que não apenas intelectual/racional.
SPW - Planejam dar continuidade ao trabalho que iniciaram no Fórum AWID?
FSU - Existem muitos planos. O primeiro deles é realizar uma oficina como essa no Rio de Janeiro. Usaremos a oportunidade pra aprimorar o formato que elaboramos. Além de fazer uma oficina mais longa, queremos incluir participantes de diferentes origens. Queremos também dar continuidade ao projeto com uma atividade no sertão pernambucano, com trabalhadoras rurais, onde combinaremos as oficinas corporais com oficinas de vídeo e digital “story telling”. Este projeto está ainda em desenvolvimento, mas pode acontecer em 2009. Ainda na Cidade do Cabo fomos “convidadas” para realizar a oficina em diversos lugares e estamos esperando a concretização disso também.
Wednesday, March 28, 2007
Feminismo: Instrumento de Transformación Social
Por Carola Mittrany - publicado no site http://www.comunidadesegura.org em 26/03/2007
¿Qué significa ser feminista? ¿Cómo el feminismo se articula? ¿Cómo se expresa y a través de quien? ¿En que espacios? ¿Y por qué algunas personas evitan ser llamadas de “feministas”?
Estas son algunas de las preguntas que inspiraron el proyecto “Feminism: Speak Up”, que reúne dos documentales de autoría de Valentina Homem, Ricardo D'Aguiar y Angela Collet, que hacen parte del evento cultural “Hip Hop Cultural por la No Violencia Contra las Mujeres”. Aprovechando las conmemoraciones por el Mes de la Mujer, el evento tendrá lugar en Río de Janeiro, Brasil, este 26 de marzo, y divulgará también el CD “Mujeres del Hip Hop por el Fin de la Violencia Contra la Mujer” promovido por la ONG Cemina - Comunicación, Educación e Información sobre Género.
“El feminismo puede ser un instrumento de transformación social, no apenas a nivel político pero también en el ámbito personal. Feminismo no es una cosa de mujer, dice respecto a la vida y al ser humano”, señala Valentina.
Hija de madre feminista, Valentina creció dentro de ese universo. Por eso la voluntad de explicar al mundo lo que es el feminismo surgió de una necesidad interna de explicarse a sí misma por que ser feminista. “Esa fue una de las mayores sorpresas que tuve al realizar el documental. Ver a otras personas hablando sobre lo que significa ser feminista me ayudó a encontrar mis propias definiciones sobre feminismo”, revela.
Reunido en DVD el Proyecto “Feminism: Speak Up” se divide en dos documentales, el primero homónimo Speak Up de 17 minutos y el otro llamado Landscaping de 35. Elaborado a partir de entrevistas con participantes del Foro Social Mundial 2005 en Porto Alegre (Brasil), Speak Up es definido por sus autores como una provocación. “Entrevistamos unas 20 personas de diferentes áreas para levantar la discusión”, explica Valentina. Ya Landscaping tiene un abordaje internacional. Filmado en India, Holanda, Brasil y Tailandia, el documental retrata la vida, trabajo y pensamiento de cuatro personas – tres mujeres y un hombre - vinculadas al movimiento feminista de forma directa o indirecta. “Landscaping va al fondo de las motivaciones personales de cada personaje. Es un trabajo que tiene como base nuestra necesidad de explicar al mundo lo que es el feminismo, nuestro feminismo”, adelanta.
El grupo define feminismo como una lente para ver el mundo, una herramienta de autorreflexión y una fuente de inspiración: “Entendemos el feminismo como un instrumento crucial para la transformación social. Es una cuestión política – en la medida que las personas actúan directamente a nivel local o internacional – haciendo lobby junto a gobiernos e instancias internacionales para la creación de leyes en defensa de los derechos de las mujeres y de libertades entre las personas de manera general, leyes que hagan de la sociedad un espacio más justo y equilibrado. Pero también es una cuestión social en la forma que influye en como las personas se relacionan en el día a día”.
El DVD está siendo divulgado para universidades e institutos en todo el mundo para ser usado como instrumento de reflexión, cuestionamiento y crítica a fin de crear un espacio de interlocución para intentar entender el sentido más amplio de feminismo.
Tuesday, March 27, 2007
A hora e de renovaçao - por Carla Rodrigues
Publicado na No Mínimo em 26/03/2007
De autoria de duas jovens, Valentina Homem e Angela Collet, o projeto audivisual Feminism: Speak Up! traz depoimentos de homens e mulheres de países como Índia, Holanda, Argentina, Quênia, EUA, Gana e Brasil, todos colhidos a partir da idéia de esclarecer o que é, afinal, o feminismo. O trabalho, que já foi exibido em festivais internacionais, pode ser visto pela primeira vez no Rio de Janeiro na noite desta segunda-feira, 26, durante o evento “Hip Hop Pela Não Violência Contra as Mulheres”, que acontece a partir das 20h no Circo Voador como parte das comemorações do Mês da Mulher.
Landscaping, que tem 35 minutos e faz parte do projeto “Feminism: Speak Up!”, realizado a partir de perguntas como “o que é ser feminista?”. Do ponto de vista das autoras, a resposta é:
"Entendemos o feminismo como um instrumento crucial para a transformação social. Porem, nossas experiências fora dos espaços feministas no mostram que as idéias, discursos e propostas feministas não têm alcançado os corações e mentes de muitas pessoas."
As duas jovens acertam em cheio quando mostram a diversidade de percepções sobre o que é o feminismo – até porque, essa diversidade é parte constituinte do movimento de mulheres desde o início. Nesse sentido, o documentário faz pensar sobre a enorme gama de experiências e projetos que se definem como feministas e que, mesmo sem adotarem esse nome, trabalham na direção de valorização do papel da mulher na sociedade.
Além do filme, o show de hip-hop da noite de hoje é uma das boas demonstrações de que há renovação – o tema da violência contra mulher, por exemplo, continua em pauta, sobretudo nas periferias das regiões metropolitanas.
Monday, March 26, 2007
Bridging the gap between feminists and the rest of the world
An interview with three young people on their Feminism: Speak Up! project which involved the production of two videos on feminism: 'Speak Up!' and 'Landscaping.'
By Kathambi Kinoti
AWID: How did the idea for the Feminism: Speak Up! project come about, and what did you hope to achieve?
VALENTINA HOMEM: Angela and I first encountered feminism in different ways. I was born and grew up in a feminist environment, since my mother was fully involved with the movement and my father was supportive of it. Angela came
into contact with feminism through her professional work within social movements. Both of us have also always interacted with people in other social spaces, whether or not politically organized.
This interaction in different environments made us realize that a huge gap exists between the 'feminist world' and the universe outside of it, in the sense of communication and exchange in general. Outside the movement, there is complete ignorance about what feminism really is, or at least what it means for us. We were tired of all the stereotypes and misconceptions that were reproduced even by our closest and dearest friends. Inside the movement, or within feminist spaces, what bothered us most was the feeling that nobody was bothered about the widespread ignorance about feminism. We wanted to do something that would stimulate reflection within the feminist movement on why people react the way they do when we say that we are feminists. We also wanted to provoke action towards changing the misconceptions. That is the main goal of the video 'Speak Up!' On the other hand, we also wanted to reach people outside the movement by explaining what feminism is and why we call ourselves feminists. That was why we created the second video 'Landscaping.'
We were to a large extent inspired by the theme of AWID's [2005 International] Forum which was 'How does change happen'.
We hope that the videos we produced will be used in different spaces and we think that if a few people get even a bit changed by them that would be great. 'Landscaping' has been shown in several international film festivals and I think this is already an achievement. Also our experience in using them as tools for workshops has proved that it was a good choice to use the video and they were also well received as aesthetical pieces, which makes us happy.
RICARDO D'AGUIAR: I was not involved in the original formulation of the project but was brought in later by Valentina. My contribution was largely in the development of the visual language that the project uses. I am involved in private production and also in ongoing research in visual language, especially video. At the time that I was invited to join the project I was looking for an opportunity to use some of what I had observed and developed.
I hope that the videos will communicate the positive message that Angela and Valentina wanted to express and particularly that it will reach a young audience. I also hope that they will help to bring more people to understand the dynamics of dominance that are culturally based, but that are widely believed to be based on biology, 'natural' and therefore indisputable.
AWID: Why did you choose to use the video or DVD as a medium?
VH: The use of the video has a lot to do with the theme of change. We thought it was an innovation in terms of the kind of language employed to discuss feminism. Another reason is that audiovisual communication is a powerful tool in the contemporary world and we think it is underutilized by the feminist movement and feminists in general. We wanted to change conventional ways of approaching and stimulating debate around feminism and we thought the videos would be a great instrument. The videos are available on DVD to allow for easy distribution and use by people in different contexts, and are also soon going to be available on the internet.
AWID: What are some of the challenges that you faced in producing the films?
VH: The biggest challenge was that we had a very small budget and therefore we had to work on a volunteer basis. Another challenge was that during most of the duration of the two year project Angela and I were living on different continents. Of course in some ways this was a good thing since we were able to shoot in different countries and get a larger picture of the
themes. However logistically it posed administrative problems. At a personal level the idea of explaining feminism was a big challenge. We did not want to give one definition of it but at the same time we wanted to express how we understood it, how we felt about it, and to do so we had to locate our understanding within other people's words and experiences.
RD: There were also some technical challenges such as limited equipment, processing power and output capabilities. However these very challenges directed us to satisfying solutions that shaped the look of the project.
AWID: What kind of response have you received about the films?
ANGELA COLLET: One interesting thing about this project is that the two videos open space for interacting and getting feedback from people who come from different realities and backgrounds; those who call themselves feminists and those who do not. For instance, the feedback we have got from the feminists who were part of the workshop we organized during the AWID Forum in Thailand was quite positive in terms of using the video 'Speak Up!' as a starting point to the debate, bringing to light questions they found relevant to be further debated within the feminist movement. They also gave good feedback about using the video in activities in their local realities. We also received positive but different feedback from another workshop that we organized using the same video but having as participants young people from poor communities in Olinda in Brazil. These participants had not had much contact with the feminist movement. What they seemed to like most
about the video was that it stimulated discussion about issues they would otherwise had little opportunity to question or address.
The same happened with the video 'Landscaping.' The feedback we get from feminists is usually related to the content of the videos, whereas, for example, in a film festival that took place in Cordoba, Spain in which 'Landscaping' was shown, video producers and directors present gave positive feedback about some of technical resources used for the videos, such as having images and music between the interview segments. We were pleased with this since we deliberately employed this technique precisely with the objective of giving viewers some time between scenes to absorb the information. We believe that one of the challenges feminism has to urgently address is how to find alternative ways and forms of disseminating information that effectively helps people open their minds and get interested in understanding the complex issues we want to raise.
AWID: Has being involved in this project had any effect on your work, or in the way you view feminism or approach feminist issues?
AC: 'Feminism: Speak Up!' had a very powerful impact on all us in different ways depending on our background. I come from a very intellectual background and am surrounded by people who usually use written texts, panel speeches or meetings as the main means to exchange information. During this project I was exposed to a new way of disseminating information and raising questions. I found out that the video is a very powerful tool in the social sciences field as well. It helps viewers associate what they are seeing and hearing with what goes on in their day-to-day lives. This is crucial in making change happen. For Valentina, who comes from the field of journalism and already had experience in producing video-documentaries, the great new thing about this project was not so much using the video as a tool, but in the issues addressed in the videos. We found our personal questions being somehow asked or answered through other people's words and this made us learn a lot through the whole process of interviewing, shooting and editing.
Another great impact that the project had on our views about feminism was the fact that two men were involved in the project; Ricardo, who has shown his gender sensitiveness in his part in the production of the videos and Fabio, who revealed how important his relationship with feminism has been in his life, in changing his behaviour, ideas and habits.. Valentina and I were very happy working with them. We really believe feminists should be more open to paying attention to men's perspectives about feminism, and to perceiving their own way of being feminist or gender-sensitive.
RD: As with any other major project I have been involved with, this project has had a great effect on my work. It has given me an opportunity to develop, to learn more, to experiment with new things and to practice my craft. Moreover the positive environment in which we were working made this easy to do and very rewarding. It has also contributed to my gaining a
better understanding of feminism. As a Brazilian man, raised a Catholic, it has presented me with a new tool for reflection, one that I am still far from mastering, but am very excited to learn more about.
AWID: Is there anything else that you learnt during the whole experience?
VH: We have all learnt a lot during the whole process. For me, the most surprising thing was that I had never thought of feminism conceptually. Feminism for me was always a way of being, of living, of understanding the world, and even sensations that I had. But I had never put it into words and having some other people saying, explaining, reflecting about all that I have always felt was a really great experience. Specifically some interviews were very surprising; during these interviews we would look at each other really amazed by what the interviewees were saying and that was always thrilling and inspiring.
RD: I learnt very many technical things and I developed quite a few new skills in regard to the editing and filming. I also learned a lot about story structure and connectivity, internet streaming and hosting. From a philosophical point of view, it opened up a whole new set of possibilities; new tools for observation and a great upgrade in my understanding of my own
actions and behaviour as a Brazilian male. In my quest to evolve and to develop as a human being, it was a great gift to have worked on this project and to learn so much about the feminist point of view. I cannot say that I have completely understood it and embraced it and 'Voila! Now I am an enlightened feminist!' It is not that easy. I feel more like I have just realized that there is actually a huge mountain right on my path, a pretty high mountain that I had not even realized was there before.
Wednesday, March 21, 2007
Feminism: Speak Up! - o DVD
Você é feminista? Não pode nem ouvir esta palavra? Você sabe realmente o que é o feminismo?
O DVD traz dois documentários para refletir, questionar, criticar e principalmente tentar entender o que é esse tal de feminismo. Entrevistamos pessoas de quinze países, feministas e não feministas. Speak Up! e Landscaping estão aí para abrir espaços de diálogo e interlocução. Faça parte dessa conversa!
O lançamento do DVD será no dia 26 de março, no Circo Voador, com a exibição de Landscaping, às 21h. No mesmo dia será também lançado o CD “Mulheres do Hip Hop unidas pelo fim da violência contra a mulher”, com diversos shows.
A entrada é franca – com a apresentação do flyer e 1kg de alimento.
CIRCO VOADOR 26 DE MARÇO SEGUNDA-FEIRA
20H EXIBIÇÃO DE LANDSCAPING
21H SHOWS: Atitude feminina, Negaativa, Rap de saia, Minas da Rima e muito mais.
Como surgiu
O projeto Feminism: Speak Up! Foi estimulado a partir do Forum AWID 2005, que convocava propostas de oficina sobre mudança, no feminismo. Desde o princípio, um dos nossos principais objetivos era o de criar um espaço de interlocução entre o universo feminista (o movimento, os espaços de discussão, as feministas) e o mundo fora dele. Já que a partir da nossa própria experiência, dentro e fora, constatamos uma enorme falta de comunicação entre esses dois mundos.
Aproveitamos o Fórum Social Mundial, que reunia pessoas do mundo todo, ligadas ao feminismo ou não, para recolher o maior numero possível de opiniões, criticas e reflexões sobre os temas que nos chamavam a atenção. Assim produzimos Speak Up!, um vídeo de 17 minutos cujo principal objetivo é estimular discussões e nossa sugestão é que seja usado como ferramenta para workshops, oficinas, etc.
Já Landscaping, tem base na nossa necessidade de explicar ao mundo o que é o feminismo, o nosso feminismo. Aquilo no que acreditamos, que mudou nossas vidas e que temos certeza de que é muito importante para o mundo. Tivemos a oportunidade de gravar em países muito diferentes o que deu ao documentário um caráter mais universal. Também a presença de um homem feminista se mostrou fundamental no processo de desconstrução das idéias, estereótipos e preconceitos que existem em torno ao feminismo, como conceito e prática.
O DVD é o resultado final desse trabalho. Foram feitas 500 cópias que estão sendo distribuídas internacionalmente, em todas as regiões do planeta, de forma equilibrada.
Feminism Speak Up! Foi financiado pelo Global Fund for Women (www.globalfundforwomen.org) e pela Nike Foundation (www.nikefoundation.org/), ambas fundações norte-americanas. O projeto também teve o apoio da ABIA (Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids- www.abiaids.org.br) e AWID (www.awid.org).
Aproveitamos o Fórum Social Mundial, que reunia pessoas do mundo todo, ligadas ao feminismo ou não, para recolher o maior numero possível de opiniões, criticas e reflexões sobre os temas que nos chamavam a atenção. Assim produzimos Speak Up!, um vídeo de 17 minutos cujo principal objetivo é estimular discussões e nossa sugestão é que seja usado como ferramenta para workshops, oficinas, etc.
Já Landscaping, tem base na nossa necessidade de explicar ao mundo o que é o feminismo, o nosso feminismo. Aquilo no que acreditamos, que mudou nossas vidas e que temos certeza de que é muito importante para o mundo. Tivemos a oportunidade de gravar em países muito diferentes o que deu ao documentário um caráter mais universal. Também a presença de um homem feminista se mostrou fundamental no processo de desconstrução das idéias, estereótipos e preconceitos que existem em torno ao feminismo, como conceito e prática.
O DVD é o resultado final desse trabalho. Foram feitas 500 cópias que estão sendo distribuídas internacionalmente, em todas as regiões do planeta, de forma equilibrada.
Feminism Speak Up! Foi financiado pelo Global Fund for Women (www.globalfundforwomen.org) e pela Nike Foundation (www.nikefoundation.org/), ambas fundações norte-americanas. O projeto também teve o apoio da ABIA (Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids- www.abiaids.org.br) e AWID (www.awid.org).
O que é o projeto
O que é ser feminista? Como o feminismo está articulado? Como se expressa e por quem? Onde? Por que algumas pessoas evitam ser chamadas se “feministas”? Estas são algumas das perguntas que inspiraram este projeto. Somos brasileiras, de classe média e educadas. Fomos criadas em um ambiente de privilegio e afetividade. Mas isto não dissolveu o incômodo de viver em um mundo de globalização em expansão com desigualdades crescentes, de violência e fundamentalismos. De formas distintas, o feminismo faz parte de nossas vidas. É uma lente para enxergar o mundo, uma ferramenta de auto-reflexão, uma fonte de inspiração. Entendemos o feminismo como um instrumento crucial para a transformação social. Porém, nossas experiências fora dos espaços feministas no mostram que as idéias, discursos e propostas feministas não têm alcançado os corações e mentes de muitas pessoas. Pessoas cuja realidade as feministas lutam para transformar.
Feminism: Speak Up! não foi concebido como “nosso” projeto. Idealmente, em nossa imaginação, pertence a qualquer pessoa que, como nós, esteja à procura de novos meios de “falar alto” pelas coisas boas de vida, sim! Mas também contra o que é inaceitável: sexismo, racismo, homofobia, todas formas de discriminação, desigualdades de recurso e de poder.
Este projeto inclui os dois vídeos reunidos em um DVD. Convidamos vocês a assisti-los e usa-los como ferramentas para debates em sua comunidade, organização, com sua família, amig@s, parceir@, vizinh@s… debatam, discutam, proponham, ajam, reajam!
Façam parte de Feminism: Speak Up!
Feminism: Speak Up! não foi concebido como “nosso” projeto. Idealmente, em nossa imaginação, pertence a qualquer pessoa que, como nós, esteja à procura de novos meios de “falar alto” pelas coisas boas de vida, sim! Mas também contra o que é inaceitável: sexismo, racismo, homofobia, todas formas de discriminação, desigualdades de recurso e de poder.
Este projeto inclui os dois vídeos reunidos em um DVD. Convidamos vocês a assisti-los e usa-los como ferramentas para debates em sua comunidade, organização, com sua família, amig@s, parceir@, vizinh@s… debatam, discutam, proponham, ajam, reajam!
Façam parte de Feminism: Speak Up!
Tuesday, January 30, 2007
Feminism: Speak Up! The Project
What is to be a feminist? In what ways can feminism be expressed? By whom? And, why some people simply avoid calling themselves “feminists”? We had this and other questions in mind. Just like many women around the world, we have grown up as girls, as women, as adults in patriarchal society. Raised as part of a worldwide reality of expanding globalization, of increasing inequalities, violence, fundamentalisms. White, middle class, surrounded by an environment also of solidarity and care, we were brought up in a privileged environment. Still, the questions were kept in our minds: why the world generates so much disparities and pain? And, why while some are quiet others speak up? In different ways, feminism has been part of our lives, as a lens to perceive our society, as a tool for self reflection, as a source of inspiration, of sharing with others the values we have for life. Our experiences, within and outside the feminist movement have given us the conviction that feminism is a unique and crucial instrument for social change. But, reality has also shown us that feminists’ actions, discourses and proposals for change have not been reaching the hearts and minds of the people, man and women, politically active or not, of the ones that have also been daily affected by the same critical reality that feminists have been fighting to transform.
Feminism: Speak up! was created as a font of inspiration, a project not meant to be “ours” but to belong to everyone. Anyone that, just like us and many others, want to find ways to speak up!. Speak up for the good things of life, yes! But also against the unacceptable reality we find around the world. Sexism, racism, homophobia, discriminations of many kinds: the force of unequal power relations translated in frequent violent actions, harming societies, taking away people’s beliefs, thoughts, dreams.
The Project includes the 2 videos we present here. They are meant to question and face the 2 main obstacles we identified towards the understanding and renewal of the feminist movement: outside feminism, the incomprehension and the lack of information about it, about its activities and its relevance to the contemporary world. Inside the movement, an urgent need to listen what the others, from “outside”, have to say. We invite you to use the videos in your community, your organization, with family, friends, partners, neighbors…..debate, discuss, propose, act, react!
Welcome! Be part of Feminism: Speak up!
Feminism: Speak up! was created as a font of inspiration, a project not meant to be “ours” but to belong to everyone. Anyone that, just like us and many others, want to find ways to speak up!. Speak up for the good things of life, yes! But also against the unacceptable reality we find around the world. Sexism, racism, homophobia, discriminations of many kinds: the force of unequal power relations translated in frequent violent actions, harming societies, taking away people’s beliefs, thoughts, dreams.
The Project includes the 2 videos we present here. They are meant to question and face the 2 main obstacles we identified towards the understanding and renewal of the feminist movement: outside feminism, the incomprehension and the lack of information about it, about its activities and its relevance to the contemporary world. Inside the movement, an urgent need to listen what the others, from “outside”, have to say. We invite you to use the videos in your community, your organization, with family, friends, partners, neighbors…..debate, discuss, propose, act, react!
Welcome! Be part of Feminism: Speak up!